domingo, 14 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Nota e análise sobre os problemas com o Professor de Teoria da Democracia.

Quero registrar aqui, neste espaço público, minhas impressões sobre o que está acontecendo e que, em respeito ao Vinícius e por discordar de como o professor o tratou, não irei à última aula de TD. Antes disso porém gostaria de dizer que essa atitude tem um alto significado para mim pois perder a aula que tratará de um assunto que a nós, petista, tanto traz orgulho, que são as experiências de OP e outras iniciativas de democracia participativa e deliberativa, é algo com grande peso. Estagiei por três anos no Orçamento Participativo e digo que é realmente apaixonante ver como a participação popular nos processos decisórios gera autonomia e educa politicamente os indivíduos. Para mim essa é, finalmente, a "Boa Democracia" que um GPP deve se orientar em contraposição a "democracia das elites", "das oligarquias", do "voto plural", da "participação irracional", da "tirania da maioria" ou da "tirania do proletariado"! Eu fecho com as teorias de Pateman e Gutmann e acho que os trabalhos do Boaventura, Avritzer, Navarro, que tomei contato em minha época de estágio sobre as experiências no Brasil da aplicação dessas teorias, são excepcionais. Porém, apesar de entender a importância dessa última aula como MARCO da PREPONDERÂNCIA daquilo que chamei de "realismo-esperançoso" (inspirado em Suassuna) sobre as demais "Teorias da Democracia", vejo que existe algo maior que meu interesse imediato que deve ser preservado. No jargão político isso se chama "marcar posição" e significa a tomada de uma decisão levando em consideração o "por vir" em detrimento da análise da correlação de forças do momento. Compreendo a crítica de alguns amigos quando aos desdobramentos dessa história. Minha educação política também me ensinou que nunca é saudável quando um processo se radicaliza. Mas se isso acontecer o melhor a fazer é assumir um lado para (pelo menos) preservar o espirito de grupo e internamente construir a distensão, o relaxamento das tensões.
É por isso que faço parte da tendência "Construindo um Novo Brasil (CNB) do PT e do coletivo estudantil ParaTodos, pois sei que minhas opiniões ecoam melhor quando apresentadas dentro de uma unidade que sabe que pode confiar na postura dos seus membros.
Pertencer a um corpo coletivo dá muita segurança para nossas ações que precisam de respaldo. Da minha parte pode esperar sempre esse compromisso. Sinto que a rede que estamos construindo aqui em GPP se manterá para além dos próximos três anos e será sustentáculo para muitas das iniciativa que, nos diversos espaços de atuação onde estivermos, iremos propor.
Temos que reler o primeiro texto que o Pralon nos passou em IEPP do Zairo Cheibub que fala de como os EGGPPs constróem políticas públicas na esfera federal. Gente, é disso que estou falando!!! Responsabilidade Social... Terceiro Setor... Estado... Partidos Políticos... Academia... Nos espalharemos por diversos espaços e se tivermos sólida nossa rede, serão muito mais produtivas nossas práticas.
Por isso vejo nossa unidade como algo que se deva investir tanto quanto o conteúdo de sala. Não estou dizendo que chegaremos a criar uma "Casa das Garças", mas há um elemento que nos dá unidade que é a compreensão de que isolados aprendemos menos, influenciamos menos, somos mais frágeis e a única forma de evitar isso é fortalecer uma unidade comum sem comprometer nossas identidades. É esse elemento que uso para pautar minhas decisões e convido os demais colegas a essa reflexão. Isso, claro, quem chegou a ler até aqui rss.